Por muito que questionemos a oportunidade da candidatura de Pedro Santana Lopes – em especial após a imagem negativa do seu afastamento do governo, via dissolução da assembleia da República, ainda bem fresca na memória dos Portugueses -, por muito que questionemos se ele está preparado para reassumir o cargo de maior responsabilidade para o País depois de ter sido, ainda que com fundamentos duvidosos, destituído desse mesmo cargo…
O seu discurso de candidatura, no meu entender, é muito bom e foca os aspectos que um governo (obviamente de direita, ou pelo menos da não-esquerda) deve ter em mente. Aliás é inovador quanto à abordagem directa e simples de muitos problemas, nomeadamente a dependência do Estado por parte da população portuguesa em geral e o handicap corporativista que ainda se mantém na nossa mentalidade.
Em suma foi um discurso virado para os Portugueses e não para o “aparelho” ou barões” ou bases”, seja lá o que isto queira dizer. E neste aspecto marcou pontos em relação aos outros candidatos. Pois será em alguém que defina campos de acção e medidas concretas tal como PSL hoje esboçou (e a mais não era obrigado) que o voto da direita e da não-esquerda se centrará.
É nestes aspectos em que PSL é bom, é nisto que ele sabe estar e é isto que ele sabe fazer.
Não me admirava nada que obtivesse uma boa votação.
Aliás, as últimas declarações de Marcelo de Sousa, a referi-lo como “possível” candidato à Câmara Municipal de Lisboa nas próximas autárquicas parecem-me ser uma tentativa de influencia-lo para um possível apoio a Ferreira Leite, porque os apoiantes desta (já) sabem que estas directas não vão ser uma campanha de aclamação de Ferreira Leite.
mas ele é mt bom nos discursos, sempre foi, o problema dele é que n inspira confiança nenhuma…